sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Vida Circular, Tempo Arrasador

Vida Circular, Tempo Arrasador

No fundo de um mar de memórias
Todos os momentos se desvanecem.
Caminhos amados descruzam-se,
Flutua o peso do arrependimento.

Na escuridão e agnosia da noite
Destroem-se frios os laços criados.
Passeiam transeuntes as almas sumidas,
Podes sentir o vento a rasgar-se na face.

Trajectórias bifurcantes voltam a colidir
Mas enganos errados demais tardios.
Perecem vacilantes as flores pisadas,
Restam branqueados traços ordinários.

Rápido, o tempo voa, verte e vai-se.
Numa estrada de certeza vertiginosa,
Cada um ruma à solitária última bala,
À inevitabilidade casada ao pôr-do-sol.