quinta-feira, 13 de março de 2014

Empatia / Simpatia

Daqui. Um dos meus sites favoritos e este artigo é excelente...

"A verdade é, raramente pode uma resposta tornar algo melhor - o que torna algo melhor é conexão". Como concordo com isto... Fantástico quando conseguimos estar com alguém em silêncio, quando falamos sem ter de falar, quando em vez de julgarmos compreendemos e aceitamos... É como uma ponte entre consciências... E acho que poderia ser um fenómeno um pouco mais presente, se a maior parte das pessoas não preferissem conversas banais a conversas sobre ideias, pensamentos, sentimentos (ou então a explicação advém da tal deprimente construção social de que falar sobre essas coisas é uma demonstração de fraqueza). Na minha experiência, são, quase sempre, essas conversas que possibilitam a tal conexão no silêncio, porque partilhámo-nos com determinado ser humano de antemão.

O vídeo a seguir foca-se na diferença entre simpatia e empatia. Em relação a isso, só queria expressar que considero a simpatia sobrevalorizada. É, muitas vezes, superficial e enganadora. Quantas vezes não passa de uma atitude conforme as regras de etiqueta, de gentilezas, de tentar ocultar defeitos (que num mundo melhor seriam assumidos e exteriorizados) e de passar a ideia que está tudo perfeito... Também já me aconteceu aproximar-me de pessoas altamente simpáticas para vir a perceber que num registo mais íntimo estas são frias, indiferentes e sem qualquer preocupação em não magoar interlocutor x, sem empatia... Com pessoas não exageradamente simpáticas, este problema não se coloca, pois não permitem que se construam expectativas e por tenderem a ser mais honestas (parto da minha experiência).

Na simpatia há apenas um reconhecimento do estado da outra pessoa. Não há disponibilidade para encontrar dentro de nós a emoção, a dor, a alegria dela. Aí há empatia, é um pouco como identificarmo-nos com a personagem de um filme, por exemplo. Claro, a intenção de se ser simpático pode até ser boa (será assim na maior parte dos casos). Só que no fundo revela distanciamento e quando a emoção dessa outra pessoa é negativa, a tendência é apenas para a tentar negar e não para a compreender...

De destacar isto, por último: "A vulnerabilidade não é boa nem má. Não é uma emoção sombria, nem é sempre uma experiência positiva, luminosa. A vulnerabilidade é o núcleo de todas as emoções e sentimentos. Sentir é ser vulnerável. Acreditar que a vulnerabilidade é uma fraqueza é acreditar que sentir é uma fraqueza."