terça-feira, 26 de abril de 2011

Hipnose Da Apoteose

Hipnose Da Apoteose
  
Mesas estendidas de rumor
E líquidos instigantes de furor.
O início tilintante assentes desta vez,
Brindado à hecatombe que evitas,
Cresces auras para fora do que vês.
Até que no cubo de gelo culminas…


Todavia antiga ao fundo, habita a louca lua cheia,
Cabine onde provaste a nudez de julgamento:
És um penso rápido alheio ao sangue derramado no seio
E bailas mil vozes com língua no mesmo esquecimento.


Numa cintura mundana, um universo te ascendes.
Breve exclusivo, magnificente monumento disforme,
Um cemitério da ordem, palco a contemplar baixas gentes.
Este caleidoscópio de senciência que com auroras dorme…
Deus! Quando te é táctil a sua silhueta resplandecente…


Estrelas cadentes sobem,
Palavras pendentes somem.
Dissipa-se a imunidade do desespero,
Emancipa-se a gravidade do sentido.
O abstracto a concretizar-se nos demais…
Mas enquanto a paranóia não são outros,
O eu ainda são eles quando não a têm…