Origami de buraco negro e eu entro no parto.
Vinhas passar a noite, acordas olhos constantes;
És o mundo inteiro, num ponto, um quarto.
De repente uma escova, dentes, coração coarto.
Totens piadas pijamas de como fazer em instantes:
Origami de buraco negro e eu entro no parto
de viesse o que viesse, tu “eu não me aparto”.
És a lua ou o candeeiro onde vivemos estudantes?
És o mundo inteiro, num ponto, um quarto
pela cama viscoelástica rua, eu “eu não me farto”,
levas-me aos sítios onde o universo não existia antes:
Origami de buraco negro e eu entro no parto
banhado onde não existe tempo para quebrar-to…
o cheiro a filmes a gel azul-marinho com brilhantes.
És o mundo inteiro, num ponto, um quarto.
Até perder-te como perder os dedos, a rima, o tacto
e de repente dói, a nostalgia já não é como era dantes:
Origami de buraco negro e eu entro mas parto:
Eras o mundo inteiro, num ponto, um quarto.