Eu sou o bilhete amarrotado no chão...
Eu sou o chão que ficou depois da espera
Eu sou a espera sentada durante minutos
Eu sou os minutos à beira do cedro
Eu sou o cedro e talvez o credo
Eu sou o credo antes de findar o parque
Eu sou o parque para quem entra a norte
Eu sou o norte apeado do autocarro 33
Eu sou o autocarro 33 a sonhar à janela
Eu sou a janela com o pôr-do-sol em reverso
Eu sou o reverso a subir no cruzamento
Eu sou o cruzamento ao pé da paragem
Eu sou a paragem aquecida a tabaco
Eu sou o tabaco dela a andar em segunda mão
Eu sou a mão que abriu a porta do prédio
Eu sou o prédio com cheiro a lixívia
Eu sou a lixívia entranhada no corrimão
Eu sou o corrimão gasto pelos regressos
Eu sou os regressos antecipados no tapete
Eu sou o tapete onde debaixo a chave
Eu sou a chave, o tédio, o apartamento
Eu sou o apartamento de tudo e todos
Eu sou tudo e todos metido no bolso
Eu sou o bolso onde dentro a hora
Eu sou a hora, o lugar na esperança de alguém
Eu sou alguém a escrever a quem não sou
Eu sou quem não sou e queria ser no papel
Eu sou o papel tirado da gaveta
domingo, 29 de junho de 2025
Encontra-me Em...
quinta-feira, 26 de junho de 2025
Poema Sobre A Origem Do Sentido
.1
1 Nota prévia para o pós-leitura: para originar o sentido, desenhe um círculo à volta do círculo... caso seja um nome digno de uma Bianal... caso contrário, não funcionará porque não é permitido. Por favor, contente-se com o primeiro; limite-se a vê-lo por um ecrã.
Subscrever:
Mensagens (Atom)