Acordas na seca tântrica (sem acordar),
Segunda-feira engolfa-te no cimento.
Terça já és só formiga numa fila sem fim
A ver quarta-quinta coladas numa febre pegajosa.
Os ossos deslizando com sede de óleo,
E os gestos a pedirem mais fé mecânica.
Até que a sexta chega sem The Cure
E o corpo dobra sarcasmo em movimento!
Também vais ser comércio
Vais dizer merci
No beco oh oh onde
Tudo se apaga em semanada
Quando o insecto paga ao insano
E extorque torpe sem o nada
Asas do ser aspirante a humano.
Sábado gasta-se em asma de sofá,
Domingo encolhe-se na alma penada,
As ruas lambem o cansaço das botas,
E o pulso esfarela mantras e notas.
Já segunda espreita em bocas de esgoto,
Sempre pronta a trincar o corpo de volta!
Também vais ser comércio
Vais dizer merci (mereci)
No beco oh oh onde
Tudo se apaga em semanada
Quando o insecto paga ao insano
E extorque torpe sem o nada
Asas do ser aspirante a humano.
Top top torque
A vida gira sem manada
Diz bem do chefe
Que diz que é sem manada
Ou vai para a rua
Revoltar para dentro
Que vida gira
Com a calma depenada
E...
Tudo se apaga em semanada
Quando o insecto paga ao insano
E extorque torpe sem o nada
Asas do ser aspirante a humano.
(Se o santo não bater, vende o tempo
A outro chefe, outra segunda-freira.)
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