Quimono Circunflexo
Podia
ver-te na roupa de um álbum preferido,
A
estética Inventada antes de te
conhecer.
Eras
nua e cabelo negro por brotar corrido.
Metade
minha, a tua silhueta à flor da porta,
Em
vão, quando nasces secundária no eu te querer.
És
oriente corpóreo onde o real nem te nota.
Chapéus
fora pela rapariga que esperava
Ela
esperava por eles, ela esperava por nós.
Por
mim! Em devaneios meus abancados de voz.
Eram chances e innuendos em tudo o que não falava.
“Não
ter de lutar por uma força maior
Porquanto
ela mesmo lutará por ti.”
Disso
lema, e fazer de invectiva o fluxo da cena
No
enquanto insustentável de acentuar o pormenor
Conjugo
leveza, e acontece se valer a pena.
Um
brinde à rapariga que desesperava
Eu
desesperava por eles, eu desesperava por mim.
Por
ela! Num serão adolescente sem tacto no fim.
Eras
multidão a solo que no escuro ateava.
Ao
sopro e viciado na emoção mais rente,
Outra
pluma lançada num sempiterno retorno.
Sakuras
circunstanciais e livre-arbítrio embotado,
Todas
enlevos efémeros num homem moderno.
És
a doença evidente na absência que curas.
Uma
vénia à rapariga que convidava
Ela
convidava-os a eles, eu convidava-me a mim.
Por
vida! Num torpor conivente que assentia com sim.
Era
o anuário de liceu que o auge passional cessava.
Vertigens
cruzadas, e "bom dia" em vez de tanto
Por
extrair das pernas em escrutínio sentadas.
Eles
eram o eco constante a subtrair-me do pranto,
“Nós” era adorno em que te perseguia o semblante.
“Nós” era adorno em que te perseguia o semblante.
Fosse tu naqueles fúteis sussurros,
sibilar-me-ia:
"Apupos
para o rapaz que expectava
Ele
expectava por si na expectativa do mundo.
Por
medo! Só num banco com o ego no fundo.
Era
um estranho com nome que nem atentava:"
"O
que é o idealismo senão a pena que perpetuo,
A
falta de amor-próprio projectada no próximo...
Objecto
criado de uma existência a que excluo
A
liberdade de não me ser um peso sinónimo?"
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